O corpo encontrado em um canavial em Água Preta, na Mata Sul de Pernambuco, no último dia 23, é da advogada desaparecida Severina Natalícia da Silva. A confirmação foi dada pelo delegado Bruno Vital, chefe da 3ª Divisão de Homicídios da Delegacia de Caruaru. Após o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), foi comprovado que a mulher foi assassinada com quatro tiros e queimada com requintes de crueldade. O resultado do exame foi divulgado na última sexta (03). A motivação e a autoria ainda são desconhecidas.
O corpo foi encontrado carbonizado e com marca de tiros na cabeça. “Possivelmente, efetuaram os disparos antes e depois queimaram a mulher junto com pneus de carro”, detalhou o investigador. A vítima teria sido colocada dentro de pneus e, em seguida, foi queimada.
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Ao lado do corpo, foi encontrado um anel de formatura em direito, um pedaço de roupa amarela e uma sandália que pertenceria a vítima. A joia reforça a hipótese de que a morte foi causada por vingança em algum dos casos que a advogada trabalhava.
Ainda de acordo com o laudo do IML, o corpo tinha menos de 30 dias no local. Foram encontrados dois projeteis no crânio, um no ombro e um no pescoço. Só foi possível identificar a vítima porque a dentista da advogada disponibilizou uma radiografia da arcada dentária para confronto.
A polícia tem 30 dias para concluir o inquérito, a conta da última sexta-feira, quando foi comprovado que o corpo era da advogada e foi vítima de assassinato.
Entenda o caso
A advogada Severina Natalícia da Silva, de 44 anos, foi vista pela última vez no dia 5 de dezembro, quando foi levada em um carro preto por dois homens encapuzados, em Encruzilhada de São João, na cidade de Bezerros, no Agreste.
Por DP