A Polícia Federal (PF) concluiu, nessa segunda-feira (11), inquérito instaurado sobre integrantes do PMDB e considerou que há indícios de crimes cometidos pelo presidente Michel Temer e outros integrantes do partido.
Depois da repercussão negativa causada pelo relatório, Temer já cogita a chance de fazer um pronunciamento, nesta terça-feira (12). Para discutir o assunto, ele esteve reunido com os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência.
O marqueteiro de Temer, Elsinho Mouco, é um dos que defendem a declaração pública, segundo informações do blog da Andréia Sadi, do portal G1.
O presidente já se pronunciou, por meio de nota, ainda ontem. “Repudio a suspeita. Responderei de forma conclusiva quando tiver acesso ao relatório do inquérito. Lamento que tenha que falar sobre o que ainda não conheço. Isto não é democrático”, diz parte do texto.
Para integrantes do Planalto, o relatório pode dar força à segunda denúncia contra o presidente, que deve ser apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Além de Temer e dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, também constam no relatório da PF os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, todos presos em decorrência de diferentes investigações.
Para a Polícia Federal, segundo a Folhapress, os integrantes da cúpula do PMDB se organizaram com o objetivo de obter “vantagens indevidas” na administração pública direta e indireta. Entre os crimes atribuídos ao grupo estão corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, evasão de divisas.