O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 5,2 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo o balanço divulgado hoje (10) em São Paulo. Em comparação com o mesmo período de 2016, houve um crescimento de 67,3%. No segundo trimestre (abril, maio e junho) o lucro ficou em R$ 2,62 bilhões, um aumento de 7,2% em comparação com os primeiros três meses do ano.
O banco fechou junho com uma carteira de crédito de R$ 696,1 milhões, crescimento de 1,1% em relação ao primeiro trimestre. Porém, em relação os primeiros seis meses de 2016, a carteira é 8,5% menor que os R$ 753 milhões registrados à época. Apesar da retração, o ligeiro crescimento no segundo trimestre foi a primeira expansão da carteira desde dezembro de 2015.
A taxa de inadimplência aumentou dos 3,89% verificados no final de março para 4,11%, acima da média do sistema financeiro nacional, que caiu de 3,9% para 3,7% no período.O Banco do Brasil atribuiu parte desta situação ao pedido de recuperação judicial de um grande cliente feito no ano passado. Desconsiderando essa situação, o percentual de não pagamento estaria em 3,7%.
Carteira de crédito sobe 1,1%
A carteira de crédito para pessoas físicas teve um ligeiro aumento (1,1%) na comparação com junho do ano passado, chegando a R$ 174 bilhões no fim do primeiro semestre. Desse montante, 36,9% foram emprestados via crédito consignado e 24,7% por financiamento imobiliário. Com R$ 43 bilhões, os financiamentos para aquisição de imóveis tiveram crescimento de 8,4% em 12 meses.
Os empréstimos para pessoas jurídicas somam R$ 277,2 bilhões, uma retração de 15,4% em relação ao primeiro semestre de 2016. Nessa parte da carteira de crédito, 41,4% dos empréstimos são para capital de giro de empresas e 20,4% para investimentos.
A carteira de crédito para o agronegócio fechou junho em R$ 188,2 bilhões, uma expansão de 2% em relação ao mesmo período de 2016.
Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil