O Botafogo foi surpreendido, nesta quarta-feira, com os valores cobrados os ingressos para a torcida alvinegra, no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil, na próxima quarta, no Maracanã. O Flamengo, que divulgou parcial de 20 mil bilhetes vendidos para o jogo de volta, no dia 23, informou também que as entradas para a parte do visitante no Setor Sul custarão R$ 150.
O ponto de discórdia, no entanto, não é o preço salgado. E sim o fato de o ingresso para a torcida do Flamengo no Setor Norte (equivalente) custar mais barato: R$ 120. Vale lembrar que também haverá torcida do Flamengo no Setor Sul e o preço do ingresso será igual ao dos botafoguenses.
– Isso é um descumprimento do regulamento geral da competição e do estatuto do torcedor. Quero crer que foi um engano do Flamengo e será corrigido. Caso não o faça, o Botafogo certamente buscará seus direitos. Só posso considerar a princípio que seja um engano do Flamengo. Se foi uma decisão consciente, o Botafogo vai recorrer à CBF – disse o vice-executivo do Botafogo, Luis Fernando Santos.
O dirigente, inclusive, esteve reunido com a diretoria do Flamengo na última segunda-feira, na sede da Ferj. Segundo ele, na reunião ficou definido que seriam cobrados preços iguais para as duas torcidas no Maracanã. No Nilton Santos, o torcedor rubro-negro pagará mais caro no Setor Sul do que o alvinegro no Norte. Luis Fernando justificou.
– O fato de cobrarmos R$ 20 no Setor Norte e R$ 40 no Sul (visitante) é porque são claramente setores diferentes. O Sul tem cadeiras, e o Norte, não. Estamos praticando isso ao longo de todo ano. Ficou definido na reunião de segunda, e o Flamengo concordou. Já os setores Sul e Norte no Maracanã são rigorosamente iguais – disse o dirigente alvinegro.
Sobre o valor salgado (R$ 150), Luis Fernando Santos reconheceu que o preço não é o ideal, mas é uma decisão do Flamengo.
– O estabelecimento de preço é uma decisão do mandante. Não há nenhuma relação se cobramos “x” eles têm que cobrar “y”. É muito mais o objetivo de cada um. O Botafogo tem feito uma política de preços em que valoriza o sócio-torcedor. É mais convidativo ser sócio-torcedor do que comprar na bilheteria, mas não afastamos o torcedor dos jogos. São preços adequados à crise econômica do Brasil.