A petroquímica Braskem avalia, dentro da rediscussão de seu acordo de acionistas, mudar sua sede e a negociação de suas ações para os Estados Unidos – hoje, a companhia já tem ADRs listados em Nova York. Segundo apurou a reportagem, esta é uma das propostas que estão na mesa no debate que visa a mudar regras internas para garantir a valorização do ativo – avaliado hoje em R$ 28,9 bilhões – e uma rentabilidade maior na venda da fatia da Petrobrás, que é sócia do Grupo Odebrecht na Braskem.
Uma fonte de mercado afirmou que a ideia sobre a eventual transferência da Braskem para os Estados Unidos ainda é preliminar e faz parte das propostas que os bancos estão apresentando como alternativa para maximizar o valor da companhia em um momento em que uma participação relevante será vendida. Nenhum banco foi escolhido, até o momento, para comandar a operação. Procurada, a petroquímica não comentou.
A Odebrecht é detentora de 50,1% das ações com direito a voto da companhia, enquanto a Petrobrás concentra 47%. Considerando o capital total, Braskem e Petrobrás têm, juntas, cerca de 75% – o restante é negociado em Bolsa. Embora a estatal tenha manifestado sua intenção de deixar o negócio, a Odebrecht vê o ativo como sua “joia da coroa”, especialmente depois que sua empreiteira diminuiu de tamanho.