A paixão pelos cavalos levou o pernambucano João Felipe Gomes, 13 anos, para a sua primeira convocação em uma competição fora do país. O cavaleiro foi convidado para participar do Concurso Internacional Club Guaymaral, na Colômbia, na cidade de Bogotá. O torneio começa nesta quinta-feira e vai até domingo.
O atleta que já está na cidade colombiana com os pais, contou como ficou sabendo da notícia de sua participação no concurso. “Minha mãe me ligou e deu a notícia. Fiquei surpreso. Estava indo treinar e aproveitei para contar ao meu professor. Tô muito feliz, não esperava ser chamado”, falou João Felipe, que deve retornar para o Brasil na noite de domingo, após a competição.
O convite surgiu do cavaleiro Nelton Marcon, depois de uma viagem do atleta com os pais para Miami, em abril deste ano. Nelton mora atualmente nos Estados Unidos, mas durante os anos em que viveu na Colômbia foi responsável por fundar a competição em que João irá representar o estado e o país. Uma aproximação que pode ajudar na carreira do atleta, na visão da sua mãe, Luciana Maranhão.
“Quando estivemos em Miami, conhecemos o Nelton. Ele tem uma equipe que fica em Wellington, uma cidade acima de Miami. Lá tem toda uma estrutura para receber cavaleiros. Talvez João Felipe vá passar 15 dias nas férias de janeiro com o Nelton. Estamos estudando a questão de logística ainda, mas tudo indica que ele terá essa experiência, que é importante para essa carreira que ele escolheu seguir”, explicou Luciana Maranhão.
O cavalo para as provas do atleta foi definido por sorteio. Será o Perzeus. O cavaleiro vai realizar treinos com o animal nesta terça e quarta-feira para adaptação de percurso. Vale ressaltar que os atletas que disputarão o Concurso Internacional Club Guaymaral não competem com seus respectivos cavalos, e sim com animais compartilhados por cavaleiros colombianos.
Sem influências
João Felipe começou no hipismo aos nove anos, no Caxangá Golf Club. Sua habilidade em montar cavalos começou sem motivação familiar. Foi uma vontade que surgiu dele mesmo e que a mãe do garoto não conseguiu identificar o motivo. “A gente tenta até hoje descobrir o que despertou essa vontade dele em gostar de cavalo. Desde pequeno ele pedia, então resolvemos ceder. Foi uma vontade dele mesmo. Não tem ninguém mais velho na família que fazia hipismo e inspirou ele. Só tem um primo da mesma idade que também pratica, ma começaram praticamente juntos”, relatou.