O Náutico terá, pelos próximos dois meses, Ivan Pinto da Rocha como presidente do Executivo. Ele será o quarto homem a assumir o maior cargo do clube, no biênio 2016/2017. Gustavo Ventura, o anterior a Ivan, pediu licença porque enxergou conflitos entre o tempo de disponibilidade e a carreira de advogado. Apesar de Gustavo confirmar um ambiente harmonioso, a dança das cadeiras impressiona. A alta rotatividade é inédita na história do clube, com quatro gestores nos últimos dois anos.
Tudo começou com Marcos Freitas, eleito no final de 2015 em uma vitória por dez votos de diferença sobre Edno Melo. Ele se ausentou em 2016, alegando problemas de saúde. No final desse ano, deu lugar ao vice, Ivan Brondi.
om Ivan na presidência, o Conselho Deliberativo aprovou eleições antecipadas. Os conselheiros admitiram haver uma “situação excepcional” para a decisão ser tomada. Semanas antes do processo eleitoral, o Náutico firmou um pacto de paz. Nele, Edno Melo, derrotado por Marcos Freitas, em 2015, reapareceu como candidato único e foi aclamado presidente. Edno chegou a liderar uma comissão de transição antes de assumir definitivamente, em janeiro de 2018. O plano deu errado, ele saiu e espera pelos trâmites oficiais para comandar o clube.
No último mês de agosto, Ivan Brondi alegou sofrer ameaças de morte. E, com o ambiente instável, renunciou. Coube a Gustavo Ventura, presidente do Conselho Deliberativo, assumir o papel de presidente.
Por Daniel Gomes, Recife