Dois meses após o início da campanha de vacinação contra a febre amarela do tipo silvestre em bairros vizinhos à mata da Serra da Cantareira, ao norte da Grande São Paulo, o mesmo esquema de imunização chega aos moradores do extremo sul da capital.
Apesar dessa ampliação no universo de pessoas atendidas na capital, a secretaria observa que até agora nenhum caso humano de febre amarela silvestre ou urbana adquirida foi confirmado na capital paulista.
Zona Norte
Até essa quarta-feira (20), tinham sido vacinados 1.102.106 pessoas na zona norte da cidade. O movimento nos postos, no entanto, caiu para a metade em relação ao começo da imunização. Nessa região, a campanha teve início no último dia 21 de outubro. As doses do medicamento podem ser encontradas em 90 unidades básicas de Saúde.
A secretaria alerta que também devem tomar a vacina as pessoas que vão viajar para áreas de risco de transmissão de febre amarela no Brasil ou no exterior. Nesse caso, é necessário receber a dose com dez dias de antecedência para o real efeito da imunização. O horário de funcionamento da maioria dos postos é das 7h às 16h.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a atenção está mais voltada para os corredores ecológicos, como os da zona norte e das regiões de Alto Tietê, Osasco e Jundiaí. Nessa última, a cobertura vacinal já é superior a 90%.
A imunização não é indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de lúpus, por exemplo).
Segundo o último balanço divulgado pela secretaria, neste ano ocorreram no estado 23 casos autóctones de febre amarela silvestre, com dez mortes por infecções registradas nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Batatais, Monte Alegre do Sul, Santa Lucia, São João da Boa Vista e Itatiba. Também ocorreram casos sem óbitos nas cidades de Águas da Prata, Campinas, Santa Cruz do Rio Pardo, Tuiti e Mococa/Cassia dos Coqueiros.
A secretaria esclarece que desde 1942 não há registro de febre amarela urbana e que os casos de epizootias (morte ou doença de primatas não humanos, como macacos, bugios e outros) atingiram 2.183 entre julho de 2016 e novembro de 2017. Desse total, foram confirmados 518 animais, por meio de análise laboratorial, pelo Instituto Adolfo Lutz, a maioria ( 72%) na região de Campinas. Com informações da Agência Brasil.