Comissários de polícia são presos ao receber propina no Grande Recife

Dois comissários de polícia lotados na Delegacia de Paulista, no Grande Recife, foram presos em flagrante por equipes da Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) ao receber uma propina de R$ 250 cobrada a um comerciante. Um suposto agente de uma unidade de ressocialização de adolescentes também foi capturado. De acordo com a Polícia Civil, os homens foram autuados por extorsão. A pena para esse crime é de quatro a 10 anos de prisão e multa.

A ação policial ocorreu na segunda-feira (4), na frente da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. O local foi indicado pelos policiais para encontrar a vítima da extorsão, o dono de uma oficina mecânica. O caso foi apresentado nesta terça-feira (5).

De acordo com a delegada Ana Amélia Coelho, os policiais e o outro homem foram até a oficina e alegaram que o dono deveria fazer reparos em supostos problemas no estabelecimento. Na ocasião, ameaçaram o proprietário de prisão, caso ele não aceitasse fazer o pagamento de R$ 6 mil.

Coelho contou, ainda, que o dono da oficina informou não dispor do valor solicitado como propina e, assim, não poderia evitar a prisão. “Os três homens, então, baixaram a quantia pedida para R$ 2 mil. O valor voltou a ser negociado para R$ 1 mil, mas na hora da entrega e do flagrante o comerciante levou R$ 250”, relatou a delegada. Segundo a polícia, o comerciante disse aos policiais que entregaria mais R$ 750 em outra ocasião.

Ana Amélia Coelho disse também que a Corregedroia-Geral foi procurada pelo comerciante, que relatou a extorsão. “O crime foi consumado no momento em que os envolvidos exigiram o dinheiro. Montamos uma campana para fazer o flagrante no momento do desfecho do caso, que era a entrega do montante”, comentou.

Logo depois de ser comunicada sobre a extorsão, a Cda SDS perguntou ao comerciante quem seriam os autores do crime. A vítima relatou que eles se diziam policiais civis de Paulista. “Diante da informação, apresentamos imagens do efetivo da delegacia distrial de Paulista, de onde seriam os homens envolvidos. De imediato, a vítima apontou para um dos comissários, que acabou sendo preso”, observou a delegada.

Além disso, a polícia rastreou o carro prata usado pelos envolvidos e concluiu que era uma viatura da mesma delegacia. “Os policiais exigiram que a vítima entregasse o dinheiro em um campo de futebol, no bairro da Mirueira. Depois, mudaram o local para o Mercado Público de Paulista e, por fim, para a UPA da cidade”, acrescentou.

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