Por lei, conselhos da República e de Defesa Nacional têm de ser consultados sobre intervenção. Segundo ministro da Segurança Institucional, conselheiros aprovaram por unanimidade.
O ministro Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) informou neste sábado (8) que, após reunião com o presidente Michel Temer, os conselhos da República e de Defesa Nacional concordaram com a intervenção federal em Roraima.
Por lei, os dois conselhos devem ser consultados sobre intervenção em governos estaduais. O interventor será o governador eleito de Roraima, Antonio Denarium (PSL), que ficará subordinado a Temer. Com isso, a atual governadora, Suely Campos (PP), será afastada.
Temer indicou dois secretários para o governo de intervenção: o general Eduardo Pazuello para secretário da Fazenda, e Paulo Costa, para secretário da Segurança Pública
A intervenção federal vai vigorar até 31 de dezembro. Em 1º de janeiro, se inicia o mandato de quatro anos de Denarium.
Segundo Etchegoyen, Temer assinará o decreto de intervenção na segunda-feira e o enviará em 24 horas para o Congresso Nacional, que terá de votar (leia a íntegra do decreto ao final desta reportagem).
“Os conselhos votaram por unanimidade em apoio à proposta do senhor presidente, tendo em vista a gravidade do momento”, declarou o ministro.
De acordo com Etchegoyen, o relatório de inteligência, que sustentou a decisão do presidente, “deixa muito claro a deterioração das contas públicas, a impossibilidade de pagamento de salários, o que levaria à uma inadimplência, e a um colapso financeiro do estado, de toda uma população que depende muito de contracheques”.
O senador Romero Jucá (MDB-RR), líder do governo no Senado, afirmou que a intenção é que Câmara e Senado votem a matéria já na segunda-feira (10). “Se não for votada na segunda-feira, forçosamente será votada na terça-feira. Mas o ideal é que já vote na segunda-feira para liberar a pauta”, declarou.
Roraima enfrenta uma crise no sistema prisional e outra com a chegada de venezuelanos ao estado.
Por G1