Na mesma tarde em que o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) foi transferido pela Polícia Federal de São Paulo para Brasília, a defesa do ex-prefeito de São Paulo, preso desde a quarta-feira, 20, apresentou nesta sexta-feira, 22, um novo pedido à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para obter permissão para o cumprimento de pena em regime domiciliar. O pedido é que esse benefício seja concedido pelo menos até a conclusão de todas as perícias necessárias para a verificação das reais condições de saúde do político.
No mesmo documento, encaminhado ao juiz substituto Bruno Aielo Macacari, a defesa também apresentou perguntas que pretende ver respondidas pelo Instituto Médico Legal, na avaliação que o instituto deverá fazer do quadro de saúde do ex-prefeito de São Paulo. Além disso, os advogados pediram a inclusão de dois médicos peritos como assistentes técnicos da defesa para acompanharem o político condenado nas dependências médicas.
Exames
De bengala e apoiado em uma médica particular, Paulo Maluf deixou às 16h15 desta sexta-feira na aeronave PR-BSI que o transportou do Aeroporto de Congonhas até o hangar da Polícia Federal em Brasília. O parlamentar, condenado no Supremo e que teve o início da prisão determinado na terça-feira pelo tribunal, foi deslocado então para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou pelo exame de corpo de delito, que é de praxe, por cerca de 1h30. Por volta das 17h45, Maluf deixou IML escoltado pela PF em direção à Penitenciária da Papuda em Brasília.
É no Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda que Maluf irá passar por uma perícia médica mais aprofundada que foi solicitada pelo juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal – como uma forma de esclarecer se as condições de saúde demandam a concessão da prisão domiciliar pedida pela defesa.
A expectativa da defesa é que seja tomada uma decisão ainda hoje sobre o pedido de concessão de liberdade provisória pelo menos até a análise definitiva.
O advogado Marcelo Turbay, que compõe a equipe de defesa de Maluf, se reuniu com o juiz Bruno Aielo Macacari, que ordenou a transferência do deputado Paulo Maluf (PP-SP) para as “dependências da Polícia Federal”, em Brasília. A defesa fez suas considerações, reforçou o pedido de domiciliar, é uma medida de cautelar diante do recesso forense, e vai aguardar com respeito e acatamento a decisão do juiz.
Segundo pessoas próximas a Maluf, desde o começo de dezembro, ele teve piora significativa no quadro de saúde, antes mesmo da prisão. Com informações do Estadão Conteúdo.