A taxa de desemprego nas regiões metropolitanas brasileiras subiu de 10,9% em maio para 11% em junho, de acordo com a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade nesta quarta-feira (27).
A pesquisa leva em conta os dados do mercado de trabalho das regiões metropolitanas do Distrito Federal (Brasília e arredores), Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.
Esse aumento se deveu à diferença entre os ingressantes no mercado de trabalho e a criação de novos postos de emprego. Foram gerados 8.000 novas vagas nas regiões metropolitanas, enquanto o total de pessoas que entraram no mercado somou mais de 26 mil. Com isso, houve um saldo negativo de 17 mil postos de emprego.
Com isso, o total de empregados nas regiões avaliadas pelo Dieese/Seade chegou a 19,732 milhões de pessoas em junho – contra 19,724 milhões em maio. Por outro lado, a quantidade de desempregados subiu de 2,410 milhões em maio para 2,427 milhões em junho.
A taxa de desemprego caiu em quatro das sete regiões metropolitanas – Distrito Federal, Belo Horizonte, Fortaleza e Salvador. O destaque em junho foi a capital mineira e as cidades ao seu redor, onde o desemprego recuou de 8,2% da PEA (População Economicamente Ativa, que é quem efetivamente busca trabalho) para 7,7%. Por outro lado, houve aumento do desemprego em Porto Alegre, Recife e São Paulo.
Setores
Entre os setores da economia, houve saldo positivo na criação de vagas o comércio, serviços, construção civil e outros serviços, que incluem os trabalhadores domésticos. Por outro lado, a indústria registrou um saldo negativo de 58 mil postos de trabalho, o que afetou fortemente o balanço geral.
Salários
A quantidade de trabalhadores assalariados, aqueles que tem uma remuneração fixa no fim do mês, atingiu 13,490 milhões de pessoas em junho – contra 13,550 milhões em maio. Por outro lado, houve pequeno aumento na quantidade de autônomos, no de empregados domésticos e no de donos de negócio familiar, profissionais universitários autônomos e trabalhadores familiares sem remuneração salarial.
Em maio (o Dieese considera sempre o mês anterior), o rendimento médio dos ocupados, que inclui todos os tipos de trabalhadores, caiu e atingiu R$ 1.365. Já o salário dos trabalhadores assalariados se manteve estável em R$ 1.411, segundo o Dieese/Seade.
Por R7