Ouvi uma amiga falando sobre uma pesquisa que viu na TV.
Ela procurava captar as opiniões sobre a pessoa do “pai”, entre adolescentes e jovens. O que impressionou foi que as respostas mostraram que o nervosismo parece ser “um gene” dos pais. Quando chegam em casa, começam a implicar e distribuir, aos filhos, nervosismo e comentários negativos sobre o quarto desarrumado, o tênis fora do lugar, a ociosidade que contrasta com a sua aplicação em angariar subsídios financeiros para que o LAR continue funcionando!
Parece ser verdade, olhando para minha própria vida familiar! Tenho que ser honesto e confessar isso! A segunda pergunta da pesquisa tentava destacar as qualidades do pai. Respostas como “Muito responsável”, “Honesto”, “Sério”, “Supridor eficaz das nossas necessidades”, apareceram na maioria das participações. Somente uma pessoa declarou que a maior qualidade do pai era “ser amigo, meu amigo”…
Nossa tendência natural é querer suprir e suprir e suprir necessidades materiais, enquanto nosso maior tesouro vai se esvaindo com a passagem dos anos: nossa vida, a maior influência que um pai pode ter em seus filhos!
A sociedade tem seu ‘jogo de sedução’ bem definido e flerta descaradamente com cada pai, tentando-o para que busque a aprovação de outros, a admiração de outros, que mostre a todos o quanto foi capaz de conseguir, de possuir, as paredes repletas de diplomas, aval de sua distinção em meio a milhares de pais menos afortunados, as roupas de seus filhos, a quantidade de televisores em sua casa, os celulares, os carros novos, o colégio pago, os presentes caros que outros não podem ofertar aos seus.
Porém essa postura o privará de compartilhar a riqueza que não pode ser aferida, o tesouro que se perpetuará por gerações, o legado que nunca deixará o lugar onde as coisas não podem fazer diferença: o coração dos filhos.
Podemos ver nisso uma justificativa plausível para a imaturidade de nossos adolescente e jovens no que se refere a relacionamentos e valores perenes de vida. Falta-lhes a figura do pai que orienta, que compartilha vida, enquanto opta por menos horas no trabalho se mostra humano para com seus filhos, acessível, ensina como tratar as dificuldades na prática, tem tempo para afagar os seus queridos abrindo um dos lugares mais cobiçados por adolescentes e jovens do Brasil e do mundo: o colo.
Sem dúvidas, esses pais que hoje optaram por um estilo de vida mais simples, afugentar o ‘canto de sereia’ da sociedade de consumo, viver a vida ao lado dos seus filhos irão colher resultados maravilhosos e eternos onde uma imensa multidão de bem sucedidos seres sociais têm fracassado: em sua família.
Pense nas palavras de Jesus no livro de Lucas, capítulo 12 verso 15. “… porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”.
– Amigo de paternidade, em que está consistindo sua vida?
– Ninguém despreza o valor do dinheiro e a importância dos bens, mas para onde essa corrida frenética atrás do vil metal tem levado você em termos de família?
– Seus filhos vão lembrar de você pelo quê?
-Qual tem sido o legado emocional e espiritual que você tem construído para seus filhos?
Sugestão: Convide seus filhos, mesmo os casados, para um jantar íntimo e um bate-papo e se submeta à avaliação deles. Pode ser difícil para você, mas posso afirmar, por experiência própria, que ninguém se levantará daquela mesa igual! Com a ajuda de Deus (peça à Ele), você poderá reordenar sua vida para que o tempo perdido seja recuperado rapidamente.
Feliz dia dos Pais!!