Empresário de ônibus solto por Gilmar Mendes deixa cadeia no Rio

O empresário de ônibus Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes do Estado do Rio) Lélis Teixeira deixaram a cadeia na manhã deste sábado (17).

Os dois foram beneficiados por habeas corpus concedido na sexta (18) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, após uma disputa com o juiz federal Marcelo Bretas, que concentra os casos da Operação Lava Jato no Rio.

Barata e Teixeira foram presos no início de julho pela Operação Ponto Final, desdobramento da Lava Jato que investiga um esquema de corrupção no transporte público do Rio.

Gilmar concedeu um primeiro habeas corpus na quinta (16), mas Bretas emitiu em seguida novo pedido de prisão preventiva. Na sexta, o ministro do Supremo mandou soltar novamente.

A decisão motivou o Ministério Público Federal do Rio a pedir o impedimento de Gilmar em casos relacionados a Barata, alegando que há relações pessoais e comerciais entre os dois.

O ministro do STF foi padrinho de casamento da filha de Barata, em 2013, e sua esposa, Guiomar Mendes, trabalha em escritório de advocacia que atua para a Fetranspor e para outros negócios do empresário.No pedido, a Procuradoria anexou diálogos, fotos e um diagrama para mostrar as relações entre as famílias.

“A aplicação de um processo penal em que se entende não ser cabível a prisão preventiva para um acusado de pagar quase R$ 150 milhões de propina a um ex-governador e que tentou fugir do país com um documento sigiloso fundamental da investigação, definitivamente não é a aplicação de uma lei que se espera seja igual para todos”, disse, em nota, a Procuradoria. Com informações da Folhapress.

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