Uma quadrilha de falsários e estelionatários foi presa em flagrante pela Polícia Civil, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Os homens ainda tentaram pagar uma quantia em dinheiro aos agentes para que não fossem presos. Um deles estava foragido da Justiça do Rio de Janeiro, onde deveria responder pelo crime de estelionato. Eles planejavam uma possível ação criminosa.
De acordo com o delegado Ramon Teixeira, responsável pela investigação, a polícia chegou até a quadrilha após receber denúncias de que havia uma associação criminosa, instalada em Boa Viagem, que estaria falsificando cheque e passando na praça da região.
Com as informações recebidas, os agentes conseguiram identificar o carro dos suspeitos. Dois integrantes do grupo estavam no veículo. No interior do carro foi encontrada uma “quantidade significativa de petrechos de falsificação usado por estelionatários e falsários”, relata o delegado.
“Quando demos mandado de prisão, eles disseram que havia uma boa quantidade em dinheiro que poderia ser dada à equipe, caso fossem liberados”, completa Ramon. A dupla recebeu voz de prisão e confirmou o endereço onde estavam instalados.
Outra equipe de investigação foi até a residência, onde estavam mais dois comparsas sob a posse de uma grande quantidade de cheques falsificados em branco, cédulas de identidade, talonários vazios e outros preenchidos, extratos bancários, dinheiro, objetos usados para falsificar e impressoras. “É um maquinário típico e sofisticado de estelionatários e falsários”, diz Ramon Teixeira.
Eles também ofereceram dinheiro na tentativa de não serem presos, mas foram autuados e encaminhados à Delegacia de Boa Viagem, juntamente com os outros dois integrantes do grupo. Giovani Clementino Sales, Leonardo Santana de Amorim, Antonio Sérgio Siqueira, e Reginaldo França de Souza responderão por corrupção ativa, posse de petrechos de falsificação e organização criminosa.
Dentro da casa onde eles estavam ainda foi encontrado um esquema de planejamento, que, segundo a investigação, “sugeria uma ação com mapeamento detalhado de algum estabelecimento ainda não identificado”. Eles usariam em algum tipo de ação criminosa no Recife.
Atuação interestadual
“Identificamos que eles são de outro estado, com sede no Mato Grosso. Mas atuam em Minas Gerais e em cidades no Sul do país”, destaca o delegado. Por um dos integrantes ser foragido do Rio de Janeiro, as investigações também apontam que eles agiam no estado, com a mesma forma de operar: aplicando golpes mediante esquentamento de cheques originais, movimentando grande quantidade de dinheiro.
“Eles têm atuação interestadual”, comenta Ramon. “O próximo passo da investigação é identificar o destino do dinheiro, o que eles faziam com essa quantia, e outros integrantes que possam estar envolvidos”, pontua. Outras vítimas também devem ser identificadas pela polícia.