Ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Ángel Maria Villar deixou a prisão nesta terça-feira após pagamento de fiança de € 300 mil (cerca de R$ 1,1 milhão na cotação atual). O dirigente havia sido detido preventivamente no último dia 18 de julho por ser suspeito de criar e alimentar durante anos uma ampla rede de corrupção dentro da entidade.
Outras pessoas haviam sido detidas na operação. Entre elas, Gorka Villar, filho de Ángel Maria. Envolvido em denúncias no Uruguai, ele teve a missão de conduzir a “nova Conmebol” como diretor-geral da entidade, mas acabou demitido no ano passado. Para ele, a fiança foi determinada pelo juiz em € 150 mil (aproximadamente R$ 550 mil).
Na última semana, Ángel Maria Villar renunciou a seus cargos como vice-presidente da Fifa e da Uefa após o o Conselho Superior de Esportes (CSD) suspendê-lo de atividades esportivas por um ano. A punição foi decidida em reunião da comissão diretiva do CSD em Madri, um dia depois do Tribunal Administrativo do Esporte da Espanha (TAD) abrir expediente disciplinar contra o dirigente, comandante da RFEF desde 1988. Juan Luis Larrea, que era tesoureiro da Federação assumiu o cargo de presidente interino da entidade.
Ex-jogador do Athletic de Bilbao de 1971 a 1981, Ángel Villar começou cedo na política desportiva. Ainda como atleta, foi um dos fundadores da Associação de Futebolistas Espanhóis (AFE), assumindo logo a vice-presidência. Sete anos depois de pendurar as chuteiras foi eleito presidente da Federação, exercendo atualmente seu oitavo mandato. Além de antigo número 2 da Fifa, Villar também era vice-presidente da Uefa e concorreu à presidência do órgão no ano passado para substituir o francês Michel Platini, antes de desistir após ser chamado para se reeleger na RFEF.