Assim como fez o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SC), filho do também deputado Jair Bolsonaro (PEN-RJ), um dos presidenciáveis para 2018, também usou suas redes sociais para falar sobre a agressão sofrida pela professora Marcia Friggi, dentro de sala de aula.
O ataque foi protagonizado por um aluno de 15 anos, na cidade de Indaial, em Santa Catarina. Após jogar um livro na vítima, o estudante partiu para o embate físico e a atingiu com socos no rosto.
Bolsonaro seguiu a mesma linha do companheiro de partido e, de início, condenou a violência praticada pelo jovem. Disse que o aluno deve respeitar o professor, independentemente de gostar ou não dele.
No entanto, também como Feliciano, Bolsonaro mencionou as postagens da professora nas redes sociais, em que ela se posiciona de forma contrária ao pai dele, para dizer que ela incentiva as ovadas em políticos.
“Ela estava incentivando e tirando sarro das ovadas que o Jair Bolsonaro e o João Doria receberam”, disse.
Depois, aproveitou para falar sobre o projeto de lei de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional o programa Escola sem Partido. A proposta quer, segundo os seus defensores, o fim da “doutrinação ideológica” praticada pelos professores nas escolas.
“O Escola sem Partido de forma nenhuma visa proibir essa liberdade de expressão no Facebook, e sim em sala de aula”, destacou.
Ele diz que o pai, após receber a ovada, deu declaração contrária ao ato, dizendo não se tratar de protesto, mas de agressão. “Coisa que essa professora não entendeu muito bem”, comenta.
Depois, sem levar em consideração os ferimentos causados a Marcia Friggi, diz que os professores devem dar o exemplo. “Eles não podem simplesmente expor uma opinião ou incentivar algumas condutas que depois farão deles as vítimas”.
Por fim, defendeu a punição do estudante, destacando que ele é menor de idade. “Se ele não for punido, ele voltará a ter essa conduta”. Neste momento, Eduardo Bolsonaro critica os políticos e a própria professora, contrários à redução da maioridade penal.
Ainda cita o educador, pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire – considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial -, dizendo que ele defende a inversão da autoridade em sala de aula. “Essa inversão se concretizou e hoje a senhora é quem está oprimida”, afirmou.