Joesley Batista foi ouvido nesta sexta-feira (15), na Justiça Federal em São Paulo, durante audiência de custódia sobre processo que investiga o uso de informações privilegiadas, por parte dele e do irmão Wesley Batista, donos da JBS, para lucrar no mercado financeiro. Ambos foram alvo de mandado de prisão preventiva devido à suspeita.
Contra Joesley, ainda pesa outra ordem de detenção, desta vez envolvendo a omissão de informações importantes aos investigadores do Ministério Público Federal (MPF), na operação Lava Jato, durante os depoimentos de colaboração premiada.
Hoje, ele disse ter se arrependido de ter confiado em poderosos. “Eu fui mexer com os poderosos, com os donos do poder, e estou aqui agora”, disse Joesley em tom de arrependimento. “Acho que o procurador foi muito questionado pelo motivo da nossa imunidade. Acho que foi um ato de covardia dele. Nós fizemos a maior a mais importante colaboração da história”, afirmou, segundo o portal G1.
Indagado pelo juiz sobre o motivo do comentário, ele argumentou: “É a primeira vez que estou tendo oportunidade de falar”, disse.
Já a defesa do empresário disse que a prisão dele foi ilegal. “Nós achamos absolutamente frágil essa prisão. Nós estamos impetrando hoje um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça pra tentar rever, para corrigir essa ilegalidade dessa prisão, dessa custódia”.
Valter Campanato/Agência Brasil