O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta terça (1°) a criação de uma equipe de investigação conjunta formada por procuradores brasileiros e argentinos para apurar supostos crimes cometidos pela Odebrecht nos dois países.
Sem mencionar diretamente o governo federal, Janot disse que todas as tentativas de criar grupos internacionais para investigar corrupção emperraram.
Nesta segunda (31), o Ministério Público Federal e o Ministério Público da Argentina divulgaram uma nota conjunta queixando-se dos “obstáculos” impostos por órgãos do Poder Executivo dos dois países.
“Alertamos que as autoridades centrais em matéria de cooperação jurídica internacional de ambos os países -Ministério da Justiça do Brasil e Ministério das Relações Exteriores da Argentina- apresentaram obstáculos e requisições que constituem ingerências indevidas no estabelecimento dos acordos em matéria de investigação no caso Odebrecht que os Ministérios Públicos dos dois países firmaram”, diz a nota assinada por Janot e pela procuradora-geral da Argentina, Alejandra Gils Carbó.