Grafite elogia retorno de Martelotte e exime Givanildo Oliveira de culpa no Santa Cruz

Grafite não teve tanto tempo de conviver com Givanildo Oliveira. Em menos de um mês de convivência, o técnico foi demitido e Marcelo Martelotte foi contratado. Um reencontro com o treinador que o comandou em 2015 e que lhe dá condições de fazer comparações entre os dois.

Grafite reconheceu que mudança no comando técnico durante uma competição não é algo que deveria ocorrer. Por outro lado, também sabe que a situação de Givanildo estava ficando insustentável e isentou o técnico de culpa.
“A troca de treinador nunca é um bom sinal. Significa que o trabalho não vinha sendo bem feito. Não por parte do Givanildo. Ele tentou de todas as maneiras. Mas com seis derrotas consecutivas, não tinha jeito. A equipe precisava de uma mudança drástica. Por mais que o Givanildo tentasse, ele cobrava muito nestes 20 dias que trabalhamos juntos. O Givanildo cobra muito nos treinamentos e vez ou outra falava conosco. Às vezes uma conversa ali no pé do ouvido resolve. O Marcelo tem um estilo que conversa mais. Ele bate muito na tecla que futebol é trabalho. É um estilo diferente. Ele voltou mais atualizado da última vez que ele esteve aqui. Acho que estava faltando uma compactação maior em termos de ordem tática e espero que ele nos ajude”, disse.
Como sempre acontece no futebol, a mudança de técnico traz alguns pontos positivos para o elenco. Mudanças que de acordo com o camisa 23 já podem ser sentidas. “A troca muda vários fatores. Quem não vinha sendo aproveitado pode ganhar chance, quem está no time se entrega mais. Já deu para sentir uma mudança de ambiente. Ele tem um estilo diferente do Givanildo e a gente espera que a gente possa levar isso para dentro de campo. A gente já vê isso no dia a dia dos treinamentos. Ele quer dar uma cara agressiva e mais compacta ao time.”

Conhecimento de causa
Outro fator que trouxe o técnico até o Arruda foi o conhecimento sobre o clube. Algo que Grafite acredita ser muito importante por conta dos vários problemas financeiros que o Santa Cruz atravessa. Esse foi um dos assuntos que o técnico tratou com o elenco na sua apresentação.
“Marcelo já conhece o clube. É a quinta passagem dele no clube e ele falou que o Santa Cruz é um clube diferente. A questão financeira pesa bastante e ele procurou amenizar da melhor forma possível. O futebol move todos os clubes no Brasil, mas quando o futebol aqui não vai bem, o clube todo não vai bem. Paga por isso. Ele tentou colocar que conhece o clube nas suas origens, como eu conheço. É um clube que tem visibilidade muito grande e tem um carga de cobrança muito grande também. Ele tentou mostrar isso. Não podemos culpar só o atraso de salário pelas seis derrotas seguidas. Temos nossa parcela de culpa e ele colocou que podemos reverter essa situação”, contou.

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