“Eles chegaram por volta das 15h, fecharam os portões do estacionamento, com um carro de som, dizendo que só saem quando falarem com o reitor. Caso isso não aconteça, eles estão prometendo ocupar a reitoria”, conta um funcionário que preferiu não se identificar. Ainda de acordo com o servidor, não houve confronto com os seguranças terceirizados do local.
De acordo com a assessoria de comunicação da UFPE, uma comissão do grupo foi recebida durante a tarde pela vice-reitora da instituição, Florisbela Campos, já que o reitor Anísio Brasileiro está fora do país. Durante o encontro, foi marcada uma reunião com Brasileiro no dia 6 de dezembro, para discutir a suspensão dos alunos. Por volta das 17h30, o grupo saiu do estacionamento, indo ao CAC em seguida.
Procurada pelo G1, a Polícia Militar (PM) informou que duas viaturas do 12º Batalhão foram ao local “para garantir a segurança dos presentes”. Ainda de acordo com a corporação, todos os participantes permaneceram no local de forma pacífica.
Entenda o caso
No dia 1º de novembro de 2017, o Conselho de Administração da UFPE decidiu suspender cinco alunos envolvidos na ocupação do Centro de Artes e Comunicação (CAC), ocorrida em setembro de 2016, em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, sobre o limite dos gastos do governo federal ao longo de 20 anos.
Segundoa UFPE, a ocupação resultou em depredações e furtos no prédio, investigados a partir da abertura de inquéritos administrativos. De acordo com o Conselho, essas situações foram registradas no CAC e no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). Sob esse argumento, o órgão decidiu punir os cinco estudantes por um período de seis meses, a partir do dia 1º de janeiro de 2018.
No dia 30 de novembro de 2016, a PEC 55 foi aprovada em primeiro turno no Senado e, no dia 13 de dezembro de 2016, os senadores aprovaram, com 53 votos favoráveis, o estabelecimento de um teto para os gastos públicos para os próximos 20 anos.
Por G1 PE