A coordenação da Operação Lei Seca (OLS) em Pernambuco divulgou, nesta segunda-feira, uma nota de esclarecimento sobre a denúncia de vazamento da escala de trabalho das blitzes da operação. Segundo o documento, foi instaurada hoje uma investigação para apurar o fato.
Ainda segundo a nota, a planilha contendo horários e locais dos bloqueios referentes ao domingo passado, cujo vazamentio foi divulgado pelo Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Sindetran), é repassada, momentos antes das ações, apenas ao grupo de trabalho (13 pessoas por blitz, composta por agentes da Saúde, PM e Detran), sendo que cada funcionário só sabe o seu ponto inicial, e não os dos nove pontos dos outros grupos.
A coordenação escalrece que as blitzes são volantes e cada equipe faz mais de um local por turno, com definição durante o próprio plantão, com monitoramento das redes sociais, o que tornaria impossível a previsão dos locais de bloqueio a partir de uma escala inicial. Com vazamento, todo o planejamento foi alterado na noite do domingo.
A nota acrescenta que, desde que foi instituída, em 1º de dezembro de 2011, passando a ser coordenada pela Secretaria Estadual de Saúde, a OLS preza por um sistema de fiscalização baseado na integração de órgãos, eficiência, esclarecimento à população e transparência, ganhando a credibilidade da população. Ao longo deste período, os cidadãos (350 mil) – de pessoas desconhecidas a autoridades, políticos, artistas – parados em um ponto de bloqueio foram tratados da mesma forma, dentro da legalidade. E os resultados são inequívocos na redução do número de acidentados. A cada ano, desde 2011, há uma redução de 2 mil atendimentos feitos nas grandes emergências de vítimas de colisões no trânsito.
O Sindetran também se pronunciou nesta segunda-feira sobre o fato. Por meio de nota, o sindicato adianta que os agentes de Trânsito do Detran não têm acesso a nenhum documento sobre a escala das blitze e que, apenas ao chegar no ponto de encontro para saída para a operação são informados onde será o local de trabalho. Desta forma, apenas os gestores da operação teriam acesso àquele documento.
Por DP