O atacante Juninho, do Sport Recife, foi indiciado nesta terça-feira (7) por violência doméstica, ameaça e injúria contra uma ex-namorada dele. O processo está no Ministério Público e o jogador, que tem 20 anos de idade, iniciará sua defesa assim que for intimado.
A agressão teria acontecido em setembro. No dia 6 de setembro, a vítima teria solicitado medidas protetivas para que Juninho se mantivesse afastado dela.
“Quando chegamos no apartamento, assim que descemos, eu disse que não dormiria com ele. Que apenas conversaria e iria embora. Foi quando ele me deu o primeiro tapa no rosto e as câmeras do prédio filmaram. Quando subimos, ele me trancou dentro do quarto e foi quando começou tudo. Que eu era obrigada a ficar com ele, porque, se eu saísse de lá, eu iria acabar com a carreira dele, porque todo mundo no clube já sabia que ele tinha me agredido. Quando falei que iria embora, ele levantou procurando uma faca, porque disse que teria que me matar, porque quando eu fosse embora, saberia que eu chamaria a polícia pelas agressões que ele fez. Deu murros no meu rosto, puxou o meu cabelo… E disse que teria que me matar para poder proteger a carreira dele”, contou a vítima, segundo o Globoesporte.com.
A defesa de Juninho, representada pelo advogado Ernesto Cavalcanti, disse que o atleta é inocente.
“A delegada concluiu o inquérito e, nessa conclusão, ela entendeu pelo indiciamento dele pelos crimes de ameaça e lesão corporal. Esses dois. E enviou à justiça. Nós vamos aguardar ele ser intimado para aí ofertarmos a nossa linha de defesa. Vamos provar que muitas dessas coisas que a mulher fala não são verdadeiras. História de que teria ameaçado com uma faca, aquela história de ele teria deixado em cárcere privado… Na verdade, na verdade, quem procurava ele era ela. Mas isso, no momento oportuno, vamos provar. Acho que nesses próximos 60 dias, dentro desse prazo, ele será intimado”, afirmou Cavalcanti.
Já o Sport informou que dará assistência ao jogador, mas reforçou que o atleta será punido de alguma forma.
“O clube, naturalmente, não pode compactuar com o ato do atleta. Além de rejeitar e repelir. No entanto, por ser um atleta do clube, será dada a assistência. Assistência no sentido de reintegração, recuperação. Examinaremos, internamente, alguma punição que ele merecerá no sentido de uma reeducação, vamos dizer assim. O clube não pode compactuar com violência nem no estádio e nem doméstica, muito menos um ato de violência contra a mulher. Estamos aguardando os acontecimentos, embora já tivéssemos tomado algumas iniciativas no sentido dessa assistência psicossocial ao atleta. Mas não no sentido de nos solidarizarmos com ele. Mas, evidentemente, como patrimônio do clube, nós teremos que submetê-lo a um procedimento que resultará em uma punição disciplinar”, disse, também ao Globoesporte, o vice-presidente jurídico do Sport, Lêucio de Lemos Filho.
Por Notícias Ao Minuto