Gritando palavras de ordem, como “Vem para a Rua”, 20 pessoas se reuniram na Avenida Agamenon Magalhães, em Caruaru, Agreste pernambucano, integrando as manifestações que ocorrem neste domingo (15) em todo o Brasil. Entre reivindicações estavam a reforma política e o esclarecimento sobre o caso da Petrobras.
Parando o trânsito em certos pontos, o grupo caminhou alguns quilômetros pela via e recebeu o apoio de condutores que passavam, com gestos positivos com a mão e buzinadas. O comerciante Luís Carlos, de 53 anos, é um dos que animou o protesto. “Tem que acordar esse povo. Se a gente não gritar, ninguém sabe o que está acontecendo”, afirmou.
As amigas Karen Filantro Mundin, advogada de 42 anos, e Ana Paula Queiroz, médica de 36, foram as primeiras a chegar ao ponto de encontro. “Se a gente não comparecer, os governantes não terão noção que o povo pede mudança”, disse a médica.
Questionada sobre o pequeno número de pessoas no evento, Mundin afirmou que o Brasil está dividido entre partidos, mas que todos concordam que é preciso mudar. Mas, para que isso aconteça, a população tem que lutar. “Independente se sou ou não a favor da presidente, ficar parado atrás das redes sociais é sinônimo de omissão”, disse.
A médica argentina Ivone Montoya, de 36 anos, diz que está acostumada com um país que reclama os direitos e, por isso, fica impressionada com a “falta de vontade” da população em pleiteá-los. “Sinto um conformismo no brasileiro. Trouxe meu filho de dois anos para ensinar como deve ser o comportamento nessas situações”, disse.
O ato no município “correspondeu a uma convocação nacional da sociedade civil e não a um evento partidarista”, na opinião de Raffiê Dellon, presidente local da Juventude do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).