O médico Francisco Sarmento, 61 anos, que foi exonerado do cargo de clínico-geral do Hospital Doutor Paulo da Veiga Pessoa, em Gravatá, decidiu rebater as acusações de uma paciente, que gravou um vídeo em que ele parece numa sala de atendimento e supostamente se recusa a atendê-la. Em comunicado oficial, Sarmento afirmou que estava em horário de repouso, na sala de estar médico, e teria sido contactado por outro plantonista que se encontrava no andar superior para dar apoio sobre determinada patologia referida no sentido de ajudar o colega. Foi neste momento que a paciente apareceu e começou a gravar as imagens.
“A referida paciente já se encontrava atendida e se apresentava com soro implantado na veia e segurando o tubo de soro na mão ao entrar na sala com o seu celular filmando, e que logo percebemos não se tratar de urgência sem atendimento, e que havia possivelmente visualizado antes, ao abrir a porta sem que notássemos, que eu me encontrava no consultório naquele momento usando o computador”, informou um dos pontos do comunicado entregue pelo médico ao Diario. Sarmento disse que não houve informação da equipe de enfermagem sobre superlotação na emergência.
No vídeo, a paciente Paula Souza questiona o clínico-geral. “O senhor não pode atender não? Todo mundo esperando e não tem médico?” O profissional, sem alterar a voz, diz que vai ajudar um colega, em outro andar. Em seguida, a paciente pede para ele dizer os motivos de não atender naquele momento. “Isso não é da sua conta”, disse o médico, antes de se levantar e fechar a porta do consultório.
Em outro trecho do comunicado, Sarmento, que também é gerente da Polícia Científica de Pernambuco, relatou que “fica claro que a paciente realiza questionamentos objetivando irritar o profissional para que filmasse sua reação”. “Em nenhum momento destratamos ou fomos grosseiros com a mesma nem negamos seu atendimento já que outro médico atendia na sala de emergência”, completou.
Por DP