Os médicos dos planos de saúde vão suspender o atendimento em todo o país no dia 21 de setembro para reivindicar reajustes periódicos nos honorários. Eles recebem em média R$ 32 por consulta e querem que as operadoras paguem pelo menos R$ 80. Em Pernambuco, no entanto, a adesão ao movimento não está garantida. Segundo o presidente da Comissão Estadual de Honorários e Procedimentos Médicos (CEHPM), Mário Lins, a categoria promoverá uma assembleia
na próxima quarta-feira (17) para decidir que medidas serão tomadas.
No dia 21, porém, os médicos credenciados à operadora Saúde Excelsior no estado prometem paralisar os serviços, o que prejudicará cerca de 80 mil usuários. Pelos valores atuais, a Saúde Excelsior paga R$ 39 pela consulta básica. Os médicos pernambucanos reivindicam o mínimo de R$ 60, correspondendo à banda média da tabela de honorários. No estado há 1,3 milhão de usuários de planos de saúde, entre contratos novos e antigos.
Em São Paulo, onde as negociações com as empresas já começaram, a Comissão Estadual de Mobilização Médica para a Saúde Suplementar divulgou um cronograma de paralisações a partir de primeiro de setembro. Pelo cronograma nacional, os médicos que atendem ginecologia e obstetrícia vão parar de 1º a 3 de setembro; otorrinos de 8 a 10; pediatras de 14 a 16; ortopedistas e traumatologistas de 19 e 20; pneumologistas e tisiologistas de 21 a 23 e cirurgiões plásticos de 28 a 30. Os anestesistas acompanharão as demais especialidades.
Vão deixar de ser atendidos, nesse período, 3,2 milhões de pacientes, que respondem por 18% dos usuários dos planos de saúde.
Por DP