O destino do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP), condenado a sete anos e dois meses no processo do mensalão, será o Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), localizado em Canhotinho, a 207 km do Recife. Corrêa cumprirá pena em regime semiaberto. O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou o ex-parlamentar culpado por seu envolvimento em um esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na decisão de hoje, o juiz da 1º Vara de Execuções Penais, Luiz Gomes da Rocha Neto, acatou o pedido da defesa de Pedro Corrêa. Segundo ele, a solicitação da família atendia aos critérios técnicos definidos em lei. A opção mais provável, anteriormente, era a transferência do Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Paulista, onde o reeducando se encontra desde dezembro, para a Penitenciária Agro Industrial São João, na Ilha de Itamaracá, já que Corrêa tem residência fixa no Recife. A família recusou, alegando risco de vida para o ex-deputado.
[saiba_mais]
No requerimento apresentado pela defesa do ex-deputado, o pedido de transferência para Canhotinho foi justificado com o argumento de que a família tem residência fixa em Brejo da Madre de Deus, a 115 km da unidade prisional. Além da distância menor em relação ao Recife, foi alegado no requerimento que o CRA de Canhotinho possui superlotação menor e ainda que Pedro Corrêa poderá trabalhar como médico na região. O pedido de saída para o trabalho, no entanto, ainda não foi formalizado.
Anteriormente, ele tinha proposta para trabalhar como médico no Programa Saúde da Família de Santa Cruz do Capibaribe, a 151 km de Canhotinho. Além disso, tentava autorização para voltar a estudar no Recife. A distância em relação à unidade carcerária poderá inviabilizar as duas propostas. O ex-deputado terá que usar tornozeleira eletrônica e terá autorização para trabalhar, mas com a obrigação de chegar até as 19h na unidade carcerária onde cumprirá a pena. A transferência deverá ocorrer até o fim da semana.
Por DP