As munições calibre 9 mm que mataram a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes são do mesmo lote de parte das balas utilizadas na maior chacina do estado de São Paulo. Os assassinatos de 17 pessoas ocorreram em Barueri e Osasco, na Grande São Paulo, em 13 de agosto de 2015. Três policiais militares e um guarda-civil foram condenados pelas mortes.
O lote em questão é o UZZ-18, como revelou com exclusividade o RJTV 1ª edição nesta sexta-feira (16). Segundo a Polícia Civil do Rio, esse lote foi vendido à PF de Brasília pela empresa Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) no dia 29 de dezembro de 2006, com as notas fiscais número 220-821 e 220-822.
A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime. A PF quer saber como as munições saíram de Brasília e chegaram ao Rio. Além disso, a investigação deverá rastrear por onde passou a munição desde a chegada do lote em Brasília, em 2006, até a última quarta-feira.
A Polícia Civil do Rio já descobriu que a munição é original — ou seja, não foi recarregada. Isso porque a espoleta, que provoca o disparo da bala, é original. Os agentes chegaram a essas conclusões após a perícia. Agora, as polícias Civil e Federal vão iniciar um trabalho conjunto de rastreamento.
Por G1