As empresas brasileiras vêm afirmando que a determinação implementada pelo presidente Donald Trump, que passou a exigir maior monitoramento no embarque de passageiros rumo aos Estados Unidos, não deve trazer grandes complicações à rotina dos viajantes. Mas o mesmo pode não se aplicar às empresas estrangeiras que operam voos para aquele país, segundo a coluna Mundo, da Folha de São Paulo.
A Latam é uma das companhias a informar que os procedimentos de embarque continuam iguais, assim como na Avianca e na Azul.
De acordo com a Latam, apenas procedimentos internos, como aqueles referentes à limpeza dos aviões, foram modificados. Nas demais empresas ainda não estão esclarecidas quais alterações serão implementadas a partir da quinta-feira (25) para atender às novas regras, nem como isto vai interferir no tempo necessário para o embarque.
A TSA, autoridade aérea americana, teria informado que as novas regras valem para todos os 2 mil voos que chegam todos os dias aos aeroportos dos Estados Unidos, mas que não há novos itens proibidos nas bagagens. Aeroportos ao redor do mundo estão intensificando a análise das malas e perguntando aos passageiros as razões da viagem e o preparo das bagagens antes do embarque.
Algumas empresas ainda estão revisando os seus processos de embarque para o país, como a Cathay Pacific, Egyptair e Royal Jordanian, além da Emirates, Lufthansa e Air France, que operam no Brasil.
“Vamos começar a interrogar todos os nossos passageiros com destino aos EUA”, teria declarado na quarta (25) Hervé Erschler, o porta-voz da Air France. A companhia aérea francesa opera 13 rotas entre a França e os EUA. Não foram divulgados detalhes sobre o teor do interrogatório.