A excepcionalidade do reajuste provisório se deu a pedido da própria Compesa, que solicitou o adiamento do processo de revisão tarifária, realizado a cada quatro anos, para definir o cálculo dos reajustes anuais. Nesta terça-feira (9), após o primeiro turno eleitoral, caso a Compesa apresente o novo estudo à Arpe, ficará aberto o prazo de até 60 dias para que o órgão de regulação elabore uma nova nota técnica e convoque audiência pública até o fim de 2018 para definir o valor a ser reajustado.
A taxa provisória foi implementada para corrigir pelo menos a inflação medida pelo IPCA em 2017 (2,95%). Os consumidores tiveram acréscimo de R$1,12 na tarifa mínima convencional, enquanto os clientes com consumo mensal de até 10 mil litros de água deixaram de pagar R$40,18 para arcar com o total de R$ 41,30. Os clientes de baixa renda tiveram aumento de R$0,23 centavos na tarifa, pagando R$ 8,63 frente o valor de R$ 8,40 pagos em 2017 na tarifa social.
Reajustes
Nos último anos, a Compesa tem aplicado reajustes acima dos 7%. No ano de 2015, o reajuste chegou a 12,24% e, em 2017, foi de 7,88%. Seguindo o histórico, caso este ano o reajuste seja , por exemplo, definido em 7%, para os consumidores será repassado o valor total de 4,22%, a ser somado com os 2,78% já aplicados desde maio.
No ano passado, conforme balanço anual publicado pela companhia, a Compesa teve lucro líquido de R$ 183,15 milhões, crescimento de 20% se comparado com o lucro líquido de 2016 (R$ 146,5 milhões).
Procurada, a Compesa não respondeu aos questionamentos da reportagem, nem confirmou se apresentará o estudo em tempo hábil.
Da Editoria de Economia