Pedro Augusto
Em entrevista ao VANGUARDA, o diretor administrativo do Sindvest, Fred Maia, elogia as ações da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana, realizada semana passada em Caruaru, e destaca a participação efetiva do Governo do Estado para o desenvolvimento do Polo de Confecções do Agreste
Jornal VANGUARDA – Que benefícios são gerados para o Polo de Confecções do Agreste a cada edição da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana?
Fred Maia – É inegável que a rodada traz vários benefícios para a cadeia produtiva de confecção, até porque, a cada edição, ela consegue atrair ainda mais compradores formais. Além disso, ainda possibilita a chamada venda programada. Na prática, isso quer dizer que as empresas confeccionistas fabricam apenas o que é solicitado pelos clientes. Então, elas acabam registrando uma lucratividade maior, bem como a qualidade de seus produtos aumenta. Assim, essas empresas acabam conquistando uma fatia maior no mercado.
JV – Então a Rodada de Negócios poderia ser definida como o principal espaço para a divulgação do Polo de Confecções, que é considerado atualmente a 2ª cadeia produtiva de confecção do país?
FM – Sim. A Rodada de Negócios tem alcançado, ao longo de sua curta história, um intenso sucesso. Tanto é que cada empresário que visita o evento pela primeira vez sempre acaba se tornando cliente cativo. Assim, poderia afirmar que a rodada atua como principal elo entre o mercado formal e as empresas da região.
JV – Como é que o senhor observa o atual momento do Polo de Confecções do Agreste?
FM – De forma bastante positiva. A cada ano verificamos que as empresas do Polo vêm se desenvolvendo cada vez mais. Ou seja, observamos que houve uma melhora significativa na qualidade de seus produtos. Hoje, as empresas encontram-se com o modelo de gestão ainda mais avançado, como também os próprios profissionais estão mais qualificados. Por isso que vários lojistas de todo o país fazem questão de participar da Rodada de Negócios para adquirir as peças do Polo de Confecções. Para se ter uma ideia, atualmente o Polo possui uma média de crescimento de 7%, já a cadeia produtiva do Brasil apenas 4%.
JV – Consequentemente, o Polo também tem impulsionado a geração de empregos formais na região Agreste?
FM – Sem dúvida. A cada ano observamos que o número de empregos tem crescido de forma significativa na região devido às atividades do Polo de Confecções. O mais importante é que vários empregos estão deixando de ser informal para ser de carteira assinada. Sem falar que hoje os empresários estão se preocupando em qualificar cada vez mais os seus funcionários. Por conta disso que várias instituições, tanto públicas como privadas, estão se instalando na região para oferecer cursos direcionados para o setor. Com todos esses elementos, a economia do Estado só tem a agradecer.
JV – Qual a participação do Governo do Estado nesse franco desenvolvimento do Polo de Confecções?
FM – O governo tem se esforçado bastante para atender as necessidades da região. Além de investir na infraestrutura, o Governo de Pernambuco também vem desencadeando várias ações no intuito de melhorar os serviços de saúde, segurança e habitação da região. Então, tudo isso também tem feito a diferença. Sem falar que o governo também tem incentivado as atividades através da redução de impostos.