O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, pediu nesta quarta-feira (9) para a Coreia do Norte abandonar a sua corrida armamentista nuclear e afirmou que o país deve parar qualquer ação que levaria ao “fim de seu regime e à destruição de seu povo”.
“As ações da Coreia do Norte continuarão a ser extremamente incompatíveis com a nossa e o regime [norte-coreano] perderá qualquer corrida armamentista ou conflito que inicie”, disse Mattis em comunicado. “A Coreia deve cessar qualquer consideração de ação que levaria ao fim de seu regime e à destruição de seu povo”.
Segundo Mattis, o Departamento de Estado dos EUA se esforça para solucionar a crise com a Coreia de forma diplomática. Ele ressaltou, entretanto, que os EUA e seus aliados possuem as capacidades defensivas e ofensivas mais “precisas, ensaiadas e robustas na Terra”.
As trocas de ameaças entre os países acontecem após a perspectiva de que a Coreia do Norte atingiu um estágio fundamental para se tornar uma potência nuclear. Nesta terça (8), reportagem do “Washington Post” diz que o governo dos EUA tem a informação de que a Coreia do Norte produziu uma ogiva nuclear miniaturizada, que poderia ser inserida em seus mísseis
Apesar da declaração de Mattis e do avanço norte-coreano, funcionários norte-americanos citados pela agência de notícias Reuters dizem que, por enquanto, a avaliação da ameaça norte-coreana não mudou.
Mais cedo, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, negou que a Coreia do Norte seja uma ameaça iminente. Ele respondeu às declarações do presidente Donald Trump de que os norte-americanos vão responder às ameaças norte-coreanas com “fogo e fúria”.
Os EUA têm 28.500 soldados em posição estratégica na Coreia do Sul. O Japão, por sua vez, abriga cerca de 54 mil militares norte-americanos, segundo o Departamento de Defesa do país. (Folhapress)