Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (4) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que metade das mulheres perde o emprego até doze meses depois do início da licença-maternidade. O estudo analisou as consequências do benefício para o mercado de trabalho.
Conforme publicado pela “Revista Veja”, a pesquisa revelou que 5% das mulheres deixam o mercado de trabalho a partir do quinto mês. Esse porcentual sobe para 15% no sexto mês e salta para 48% um mês depois.
Ainda segundo o texto, a maior parte das mulheres que saiu do emprego foi demitida sem justa causa. A pesquisa pondera que não é possível assegurar que as mulheres deixaram o trabalho por decisão exclusiva do empregador e não por conta de um acordo.
“Em muitos casos, as mulheres não retornam às suas atividades porque não têm com quem deixar os filhos pequenos”, explicou Cecilia Machado, professora da FGV EPGE e uma das autoras do estudo.
No Brasil, a licença-maternidade varia de 120 a 180 dias, conforme a política da empresa. Pela lei, as trabalhadoras têm estabilidade no emprego até cinco meses após o parto. Depois disso, podem ser demitidas a qualquer momento.