O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), informou há pouco que a bancada do partido está 100% na Casa, mas não está marcando presença na sessão que analisa o pedido para instaurar processo por crime de corrupção passiva contra o presidente da República, Michel Temer, porque a acusação não teve direito de se pronunciar. Para ele, “há vício no processo”.
A solicitação para que o STF abra o processo é embasada em denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que denunciou Temer por crime de corrupção passiva com base em gravações e delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F – que controla o frigorífico JBS e outras empresas.
O deputado José Guimarães (CE), líder da Minoria, defendeu que a Câmara autorize o STF a investigar o presidente e questionou a tese de que o governo Temer retomou o crescimento econômico. Segundo ele, o investimento público caiu mais de 48%, e este governo só quer “fazer superavit primário”.
Para ele, há “gastança” do governo, com a distribuição de cargos públicos e negociação de apoio entre parlamentares. Ele ressaltou ainda que o governo tem 95% de rejeição da população e defendeu a convocação de eleições diretas para presidente. As informações são da Agência Câmara.
O deputado Fausto Pinato (PP-SP), por sua vez, elogiou Temer por promover reformas estruturantes e criticou a delação da “quadrilha” JBS. “O momento é de ter responsabilidade com o País”, defendeu. “Falta 1 ano e 5 meses para acabar o mandato do presidente, não há tempo de PEC para eleição direita, parem de ser demagogos”, completou. Ele destacou que a eleição seria indireta no caso de afastamento de Temer.