Recife ganha sessões de cinema para pessoas que não enxergam e não escutam

Na tela do cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), as aventuras de Chicó e João Grilo se desenrolavam. Na plateia, um público formado por pessoas com deficiências sensoriais tinha a chance de apreciar o longa-metragem de Guel Arraes baseado na obra do escritor Ariano Suassuna como qualquer outra pessoa.

Com recursos de audiodescrição, Língua Brasileira de Sinais (Libras) e legendas para surdos e ensurdecidos, o projeto Alumiar promove sessões a cada duas semanas de filmes populares. A primeira exibição foi, justamente, a do Auto da Compadecida.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, participou do evento e destacou que esse é o primeiro cinema do país a oferecer, regularmente, sessões com acessibilidade sensorial. “É uma celebração de inclusão social e de valor do ser humano”, resumiu.

A estudante cega Maria de Lourdes Rocha saiu de Paulista, na Região Metropolitana, aprovou a sessão. “É o maior prazer. Essa acessibilidade nos dá mais autonomia. Dá forma que passa, eles repassam para a gente é muito interessante, é prazeroso”, explicou.

O turismólogo Oscar Silva conta que se divertiu como nunca graças a audiodescrição. “Não precisou ninguém falar para mim, só a audiodescrição foi me deixando apropriado de tudo que estava no filme. Você se sente a vontade e tem mais autonomia”, afirmou.

A sessões aconteceu no Cinema do Museu da Fundaj, localizado na Avenida 17 de Agosto. O projeto prevê que, em um ano, 20 longas-metragens brasileiros sejam acessíveis nas três modalidades. Depois de apresentados no cinema da Fundaj, os filmes ficam disponíveis para exibição na TV Escola e na TV do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).
Por Antônio Coelho, TV Globo

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