A Polícia Civil investiga indícios de que o homem preso por ocultação de cadáver em Moreno, no Grande Recife, tenha assassinado e esquartejado a vítima para realizar rituais de magia negra. Nesta sexta-feira (2), o suspeito de 26 anos foi encaminhado a audiência de custódia, após ser autuado em flagrante.
Segundo a polícia, um pedaço de um tronco humano foi encontrado no Rio Jaboatão, também em Moreno, no dia 13 de janeiro deste ano. Posteriormente, duas sacolas plásticas contendo outros restos mortais foram localizadas. A principal suspeita é de que os pedaços encontrados na casa do suspeito pertençam ao mesmo corpo.
De acordo com o delegado Felipe Monteiro, gestor da Divisão de Homicídios Metropolitana Sul, apesar de não obter respostas concisas no interrogatório, o suspeito haveria confessado o assassinato na noite de quinta-feira (1º).
Policiais militares que faziam rondas por volta das 19h no bairro de Olaria, em Moreno, foram abordados por uma pessoa que denunciou o crime e informou a localização do homem. Os pedaços do corpo humano foram encontrados dentro de um balde no quarto da casa. Apesar de ter tentado fugir, o homem foi detido pelos policiais.
“Não temos essa certeza se foi ele o autor do homicídio, mas ele foi indiciado e autuado por ocultação de cadáver, já que em sua casa foram encontrados os restos mortais. A população denunciou um forte cheiro vindo da casa do suspeito e, lá, foram encontrados um crânio, pés e mãos, em avançado estado de decomposição. Segundo a perícia, são exatamente as partes que faltavam no corpo encontrado no dia 13”, disse o delegado.
A polícia encaminhou o material apreendido com o homem para realização de exames de DNA, para definir os rumos da investigação, após a identificação da vítima. A investigação do caso fica sob responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Caso seja comprovado que o homem tenha cometido o assassinato, ele também pode responder por homicídio.
“Anteriormente ele havia dito era que uma divindade havia pedido que ele assassinasse e esquartejasse o corpo para que ele enriquecesse, mas as respostas dadas pelo suspeito não guardam muito nexo. Não conseguimos extrair muita coisa do interrogatório”, falou o delegado.
Por G1 PE