Romance inédito de Ariano Suassuna é lançado por parentes do autor no Recife

O perfeccionismo e a paixão pela escrita, características do escritor paraibano Ariano Suassuna, falecido em 2014, podem ajudar a entender os 33 anos levados para concluir o “Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores”, obra inédita lançada neste sábado (9) pela família do autor, no Shopping RioMar, na Zona Sul do Recife.

Dividido nos volumes “O Jumento Sedutor” e “O Palhaço Tetrafônico”, o livro é considerado o “testamento literário” de Ariano e reúne prosa, poesia e ilustrações.

Encontrado pela família no escritório da casa do autor logo após sua morte, o romance tem mil páginas e está sendo considerado uma autobiografia do autor. “Ele revisita a sua própria obra através de heterônimos, de personagens cujos nomes começam com A e sobrenomes com S, ou seja, são alter-egos do próprio Ariano Suassuna”, explica o pesquisador Carlos Newton Júnior, que enxerga características de ensaio no texto de Ariano. “É como se é como se a obra toda dele fosse um edifício e agora ele estivesse coroando com uma cobertura”, compara.

Com a presença da viúva de Ariano, Zélia, e por filhos, netos, amigos e admiradores do escritor, o lançamento do romance foi seguido de um debate sobre a obra do escritor, poeta e dramaturgo. Para os parentes, essa é uma forma de matar as saudades de Ariano, numa data escolhida em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, já que o livro é dedicado à mãe de Cristo.

“Esse é um livro autobiográfico, porque ele ia acrescentando as coisas que aconteciam com ele. Para nós é um momento de celebração, estamos muito emocionados e felizes por termos conseguido realizar [o lançamento do romance] da forma que ele queria”, comemora o filho de Ariano, Manuel Dantas Suassuna.

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