Em entrevista ao programa “O É da Coisa”, na rádio Band News, nesta quinta-feira (3), o presidente Michel Temer rebateu a crítica da oposição de que teria liberado verbas de emendas parlamentares para deputados em troca de votos para derrubar a denúncia contra ele na Câmara.
A Câmara aprovou por 263 votos contra 227 o relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de autoria do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendava a rejeição da denúncia contra Temer por crime de corrupção passiva feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nos meses anteriores à votação, em junho e julho deste ano, foi liberado mais de R$ 2 bilhões por mês em emendas. O valor é muito superior a tudo o que já havia sido liberado desde o início deste ano.
“Interessante. Muitas e muitas vezes dizem que nós liberamos mais emendas impositivas para os governistas, digamos assim, do que para os oposicionistas. Olhe, se eu mostrar para você e para os nossos ouvintes as verbas de emendas que foram entregues à oposição, você ficará espantado. Porque aquelas entregues aos deputados de oposição muitas vezes são em números muitas vezes maiores do que as entregues aos deputados governistas”, disse o presidente.
Ainda de acordo com Temer, tanto a oposição quanto os governistas receberam igualmente. “As emendas foram igualmente pagas, oposição e situação. Agora, quem apoia o governo vota com o governo, quem não apoia o governo, vota contra o governo”, explicou Temer.