Tentativa de assalto pode ter antecedido acidente na Serra das Russas

Peritos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) passaram a manhã desta quarta-feira (25) no local do acidente que deixou dois mortos e três feridos, na Serra das Russas, em Gravatá, no Agreste de Pernambuco. Após encontrarem cápsulas de bala na beira da pista, arma, além de um dos carros envolvidos na colisão ser roubado, a corporação levantou a hipótese que ocorria uma tentativa de assalto antes da tragédia.

O carro, de modelo Sandero, tem registro de roubo, feito no dia 20 de julho, em Jaboatão dos Guararapes. De acordo com a PRF, o carro tentou ultrapassar o veículo maior pela faixa da direita da pista e bateu na lateral, ficando preso entre as duas rodas do caminhão. Os dois caíram na ribanceira e explodiram.

Uma moto, que vinha logo atrás, tentou desviar do acidente, mas não conseguiu e também caiu na ribanceira. O motoqueiro Iriston Heleno de Araújo está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Otávio de Freitas. Joelma Maria da Cruz, que estava na garupa da moto, teve ferimentos leves e já recebeu alta.

De acordo com a PRF, o motorista do caminhão, identificado como Edmilson Luiz Aquino, de 43 anos, estava acompanhado de outra pessoa, que ainda não se sabe a identidade. Apesar da tentativa do Corpo de Bombeiros em socorrê-los, as chamas já tinham se espalhado intensamente pelo interior do veículo.

Ainda segundo a corporação, no outro veículo estavam o motorista, que também morreu carbonizado, e mais dois homens. Um deles conseguiu fugir e o outro, identificado como Alan Gabriel Bernardo da Silva, foi socorrido para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na área central do Recife, onde está internado em estado grave na unidade de trauma. Alan está sob custódia da Polícia Militar na unidade de saúde, por ser suspeito de participar da suposta tentativa de assalto.

Outros dois compartimentos do caminhão-tanque estão carregados de combustível

Técnicos de uma empresa de segurança química e ambiental também estiveram no local do acidente entre o caminhão-tanque, um carro e uma moto, no quilômetro 67 da rodovia. Eles estudaram os impactos na natureza da explosão provocada pela gasolina que estava no caminhão-tanque. “Como essa parte tem mais rochas, não é uma área produtiva, não houve um impacto maior”, relata Fábio Silva, coordenador de emergências ambientais.

Cinco explosões já foram registradas. O Corpo de Bombeiros usou 20 mil litros de água para conter o incêndio, e continuou a fazer o resfriamento da área durante esta quarta-feira. O veículo ainda tem diesel em dois dos quatro compartimentos, e corre risco de explodir novamente.

JC Online
Com informações da TV Jornal e da TV Jornal Interior

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