A célula terrorista responsável pelos atentados de Barcelona e Cambrils, na Catalunha, tinha como principal objetivo provocar uma explosão de grandes dimensões na Basílica da Sagrada Família, o mais famoso ponto turístico da capital da comunidade autônoma.
Segundo o jornal “El Confidencial”, que cita fontes ligadas à investigação, os jihadistas preparavam grandes quantidades do explosivo TATP (triperóxido de triacetona), substância preferida pelo Estado Islâmico (EI) para a realização de atentados e apelidada por extremistas de “a mãe de Satã”.
O composto era armazenado na casa que explodiu em Alcanar, 200 quilômetros a sudoeste de Barcelona, na noite da última quarta-feira (16). Na residência, a polícia encontrou 106 cilindros de gás butano, que seriam combinados com o TATP, já usado nos ataques de Paris, em novembro de 2015, e Bruxelas, em março de 2016.
A destruição da casa provavelmente fez os terroristas mudarem seus planos, levando-os a atacar outro ponto emblemático da capital da Catalunha, o calçadão das Ramblas, em pleno centro da cidade.
Um eventual atentado na Sagrada Família poderia ter dimensões ainda maiores: cartão-postal de Barcelona, a igreja projetada pelo arquiteto catalão Antoni Gaudí recebeu 4,5 milhões de pessoas em 2016 e costuma conviver com longas filas de turistas, muitas vezes tomando as calçadas de seus arredores.
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A construção da catedral começou em 1882 e até hoje não foi concluída – as gruas que dividem espaço com suas torres já se tornaram um símbolo de Barcelona.
Os atentados na Catalunha deixaram 14 mortos, sendo 13 na capital da região e um em Cambrils, e a célula terrorista era composta por pelo menos 12 homens, dos quais sete morreram (incluindo dois na explosão em Alcanar) e quatro foram presos.
O único foragido é o marroquino Younes Abouyaaqoub, de 22 anos, que pode ter escapado para a França. (ANSA)
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